11 de agosto de 2017
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Audiência alerta para a privatização dos Correios e danos aos cidadãos

Comissão do Trabalho, da Previdência e da Assistência Social

 

Redução do quadro de pessoal, precarização das condições de trabalho, fechamento de agências no interior e cancelamento de serviços regulares na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ETC). As denúncias foram feitas na quarta-feira, dia 9, por representantes dos trabalhadores da empresa, durante audiência pública da Comissão do Trabalho, da Previdência e da Assistência Social da Assembleia Legislativa.

 

O deputado André Quintão, que participou da audiência, avaliou que a crise nos Correios se alinha ao objetivo do Governo Temer de redução do investimento público na prestação dos serviços à população. “Assim como nos Correios, a reforma da Previdência também busca abrir caminho para a privatização”, afirmou. “Não há Correios em funcionamento adequado sem a valorização dos seus servidores”, disse André e frisou: “esta não é uma luta corporativa, mas uma luta contra um governo golpista que quer privar os cidadãos dos serviços públicos”. André destacou que a defesa dos Correios, uma das instituições mais confiáveis do País, significa a defesa do cidadão, o mais pobre, que muitas vezes depende daquele serviço. Para o deputado, é ação deliberada enfraquecer uma instituição, sucateá-la, para vir o prejuízo e apresentar a venda como “salvação” e citou a redução de pessoal também na Caixa Econômica Federal e no Banco do Brasil.

 

Déficit – Representando a Superintendência dos Correios em Minas, o assessor da Gerência Regional de Coleta e Distribuição, José Maria Riani Filho, mostrou números da empresa nacional. Segundo ele, houve déficit de R$ 2 bilhões em 2015 e de valor semelhante em 2016. Os representantes dos trabalhadores contestaram: “As contas de 2016 nem foram prestadas”, destacou Robson Gomes da Silva, presidente do sindicato da categoria em Minas (Sintect-MG) e diretor da federação (Fentect). Ele criticou o foco no lucro e defendeu que a empresa tem atuação e informações estratégicas e não pode ser privatizada.

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